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* Isso é grave: Crianças trabalham em matadouros públicos da região.

           Deu no Correio da Tarde.
         A no­tí­cia pu­bli­ca­da pelo blo­guei­ro, João Moa­cir de­nun­cian­do a pre­sen­ça de crian­ças tra­ba­lhan­do em ma­ta­dou­ro no mu­ni­cí­pio de Itaú, re­fle­te um rea­li­da­de exis­ten­te em di­ver­sos mu­ni­cí­pios da re­gião. Se em Itaú ele de­nun­cia que exis­tem pelo menos três crian­ças tra­ba­lhan­do no ma­ta­dou­ro pú­bli­co, o fla­gran­te po­de­ria ser bem maior se fosse feita uma vi­si­ta aos de­mais mu­ni­cí­pios da re­gião. 
        Em al­gu­mas ou­tras ci­da­des é pos­sí­vel pre­sen­ciar, os me­no­res com idade que varia entre seis e 10 anos de idade man­ten­do con­ta­to di­re­to com as fezes dos ani­mais ao tra­ba­lhar no corte de vís­ce­ras de ani­mais aba­ti­do, em lo­cais sem as mí­ni­mas con­di­ções de hi­gie­ne, que logo de­pois são co­mer­cia­li­za­dos nas fei­ras li­vres ou mer­ca­dos pú­bli­cos des­sas ci­da­des.
         O ma­ta­dou­ro de Itaú fica às mar­gens da BR-405, na en­tra­da da ci­da­de. O es­ta­be­le­ci­men­to fun­cio­na sem con­di­ções de hi­gie­ne e sem a fis­ca­li­za­ção dos ór­gãos com­pe­ten­tes. Além de serem ex­pos­tas ao risco de doen­ças, as crian­ças ainda as­sis­tem a morte bru­tal de bois, por­cos e ou­tros tipos de ani­mais que são aba­ti­dos sem que sejam se­gui­dos os pa­drões de­ter­mi­na­dos pelo ór­gãos com­pe­ten­tes. Os ani­mais são aba­ti­dos a mar­re­ta­das na ca­be­ça ou a golpe de ma­cha­do ou pau­la­das.
         A falta de hi­gie­ne mos­tra que a po­pu­la­ção de inú­me­ros mu­ni­cí­pios da re­gião vem con­su­min­do uma carne de ori­gem pre­ju­di­cial para a saúde. Se­gun­do po­pu­la­res, as crian­ças tra­ba­lham no ma­ta­dou­ro em troca de so­bras de ani­mais para su­prir a ali­men­ta­ção das fa­mí­lias delas. Mesmo ma­tri­cu­la­das nas es­co­las pu­bli­cas para as­se­gu­rar o be­ne­fi­cio do Bolsa Fa­mí­lia, as crian­ças se re­ve­zam no ser­vi­ço, já que aque­las que es­tu­dam no pe­río­do ma­tu­ti­no tra­ba­lham a tarde e vice-versa. 
        A exem­plo do que ocor­re no mu­ni­cí­pio de Ca­raú­bas, mos­tra­do atra­vés de ma­té­ria pu­bli­ca­da pelo COR­REIO DA TARDE a cerca de 15 dias, os de­je­tos do aba­te­dou­ro de Itaú, por falta de fos­sas, ter­mi­nam des­cen­do em um ria­cho e de­sa­guan­do no rio Apodi/Mos­so­ró, po­luin­do ainda mais a prin­ci­pal bacia hí­dri­ca da re­gião, a bar­ra­gem de Santa Cruz. Além de ga­ran­tir abas­te­ci­men­to para di­ver­sos mu­ni­cí­pios a bar­ra­gem tam­bém apa­re­ce como prin­ci­pal ponto tu­rís­ti­co da re­gião e se­gun­do maior re­ser­va­tó­rio do Rio Gran­de do Norte.
Ao con­trá­rio do que ocor­reu em Ca­raú­bas, quan­do ne­nhum re­pre­sen­tan­te da ges­tão mu­ni­ci­pal se pro­pôs a falar sobre o as­sun­to, em Itaú, o chefe de ga­bi­ne­te civil da Pre­fei­tu­ra de Itaú, Wil­son Melo, in­for­mou que o pre­fei­to Edson Melo, já está to­man­do as pro­vi­dên­cias para co­lo­car em fun­cio­na­men­to um novo aba­te­dou­ro pú­bli­co, que foi cons­truí­do pelo mu­ni­cí­pio. "A Pre­fei­tu­ra está ad­qui­rin­do equi­pa­men­tos, que estão or­ça­dos em R$ 160 mil, e logo es­ta­rão fun­cio­nan­do, aten­den­do a todas as exi­gên­cias de hi­gie­ne do Mi­nis­té­rio da Saúde", ga­ran­tiu Wil­son Melo.
          Sobre a pre­sen­ça de crian­ças no atual aba­te­dou­ro de Itaú, Wil­son Melo disse que vai apu­rar as de­nún­cias e tomar as pro­vi­dên­cias ne­ces­sá­rias para re­sol­ver o pro­ble­ma.
          Essa ati­tu­de do chefe de ga­bi­ne­te da pre­fei­tu­ra de Itaú, bem que po­de­ria ser­vir de orien­ta­ção apara que ou­tros mu­ni­cí­pios, to­mas­sem pro­vi­den­cia, sobre o abate de ani­mais para con­su­mo e prin­ci­pal­men­te com re­la­ção a pre­sen­ça de crian­ças nes­ses lo­cais de abate.
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