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* Matéria do blog é destaque na imprensa estadual.

          Deu no Correio da Tarde
          A po­pu­la­ção de Ca­raú­bas não tem mais a quem re­cor­rer, com re­la­ção aos caos em que se en­con­tra a si­tua­ção da saúde pú­bli­ca do mu­ni­cí­pio. Tem sido cons­tan­te as re­cla­ma­ções atra­vés da mídia local e da im­pren­sa mos­so­roen­se dos mo­ra­do­res que so­li­ci­tam pro­vi­den­cias ur­gen­tes por parte dos agen­tes pú­bli­cos.
        As úl­ti­mas tra­gé­dias ocor­ri­das na ci­da­de, fez vir a tona o caos que é a saúde pú­bli­ca na ci­da­de. O caso mais re­cen­te aca­bou pro­vo­can­do a morte da jovem, Ta­misly Sal­via­no, 18, que veio a óbito no úl­ti­mo dia 14, em con­se­qüên­cia da falta de es­tru­tu­ra dos pos­tos de saúde de Ca­raú­bas, a falta de um tra­ba­lho pleno das equi­pes do Pro­gra­ma de Saúde da Fa­mí­lia (PSF'), a enor­me de­man­da do Hos­pi­tal Re­gio­nal, e prin­ci­pal­men­te a falta de aten­di­men­to mé­di­co, que tem se tor­na­do cada vez mais ine­fi­caz na ci­da­de. "Está cada dia mais de­su­ma­na a si­tua­ção da saúde pú­bli­ca em nossa ci­da­de, são in­fi­ni­tos pro­ble­mas que de­mons­tram, que a saúde pú­bli­ca na nossa ci­da­de, pre­ci­sa ser tra­ta­da de uma forma di­fe­ren­te. Os nos­sos go­ver­nan­tes ne­ces­si­tam de uma mu­dan­ça de ati­tu­de, caso isso não ocor­ra, mui­tas ou­tras tra­gé­dias irão ocor­rer", disse o ra­dia­lis­ta, João Mar­co­li­no.
Se­gun­do ele, as pes­soas que co­man­dam a ci­da­de não pas­sam por essa rea­li­da­de, em con­se­qüên­cia da boa si­tua­ção fi­nan­cei­ra que des­fru­tam e tal­vez por isso ig­no­rem a si­tua­ção de mais de 95% da po­pu­la­ção local que ne­ces­si­ta do sis­te­ma caó­ti­co de saúde de Ca­raú­bas. "Quem já não pas­sou horas à es­pe­ra de um aten­di­men­to no Hos­pi­tal de Ca­raú­bas? O que acon­te­ceu nos úl­ti­mos dias só foi o ápice final de um sis­te­ma to­tal­men­te su­ca­tea­do, foi pre­ci­so acon­te­cer fatos desta na­tu­re­za para ter­mos a ní­ti­da cer­te­za que as coi­sas em Ca­raú­bas não estão à ma­ra­vi­lha mos­tra­da em al­guns veí­cu­los de co­mu­ni­ca­ção atra­vés de ma­te­rial pago", acres­cen­tou o ra­dia­lis­ta.
        Ele disse ainda, que suas crí­ti­cas ao sis­te­ma de saúde pú­bli­ca de Ca­raú­bas, não deve ser en­ca­ra­do como uma ati­tu­de opo­si­cio­nis­ta a atual ges­tão, mas como uma aler­ta sobre as ne­ces­si­da­de ur­gen­te de mu­dan­ça na forma de as­se­gu­rar as­sis­tên­cia me­di­ca a po­pu­la­ção. "Basta se co­lo­car no lugar da­que­les que per­de­ram seus entes que­ri­dos, por falta de um diag­nos­ti­co rá­pi­do e efi­cien­te. Já ima­gi­nou, se o diag­nos­ti­co da me­ni­na Ta­misly, ti­ves­se sido di­fe­ren­te? Cer­ta­men­te o re­sul­ta­do teria sido outro, ela po­de­ria hoje viva", disse João em tom de de­sa­ba­fo. 
       Se­gun­do ele, os lau­dos mé­di­cos mos­tram que a falta de aten­ção me­di­ca teria pro­vo­ca­do a morte da ca­rau­ben­se, que de­pois de vá­rios dias so­fren­do com o pro­ble­ma, foi le­va­da as pres­sas para o Hos­pi­tal Re­gio­nal Tar­ci­sio Maia em Mos­so­ró, e os mé­di­cos da­que­la uni­da­de, mesmo tendo diag­nos­ti­ca­do a ur­gên­cia no caso aca­ba­ram dei­xan­do para o dia se­guin­te, o que teria pro­vo­ca­do a morte da jovem. "Po­de­mos ver que o casos na saúde não é uma ques­tão iso­la­da em Ca­raú­bas, mas atin­ge todo o nosso Es­ta­do", en­fa­ti­za.
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