-

* Conselho Federal de Medicina libera técnicas de reprodução assistida para casais do mesmo sexo.

         Dois pais, ou duas mães, e filhos. A constituição de mais um modelo de família brasileira, que já era possível por meio do processo de adoção, agora conta também com o auxílio da ciência. Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada em janeiro deste ano permite que as técnicas de reprodução assistida, como fertilização e inseminação artificial, sejam utilizadas em casais homossexuais. Antes disso, o conselho só permitia o procedimento em casais heterossexuais. Pela nova regra, todas as pessoas, independentemente do estado civil, podem fazer uso da técnica, desde que sejam civilmente capazes. A resolução do CFM permite o que ainda não é previsto na legislação: a formação de famílias compostas por dois pais ou duas mães e filhos.
          Especialista em reprodução assistida, a médica ginecologista e obstetra Kívia Mota explica que no caso de casais formados por duas mulheres o procedimento é simples. Basta coletar o sêmen de um doador ou voluntário e inseminar no óvulo de uma das duas parceiras. No caso dos homens, a utilização das técnicas de fertilização também é possível, mas somente com a colaboração de uma mulher para gerar o filho. "É preciso obter um óvulo de uma doadora que pode ser desconhecida, porém a gestação tem de ser feita no útero de parente de primeiro grau de um dos parceiros: irmã ou mãe. Resolvido isto, o óvulo da mulher é coletado e fertilizado pelo espermatozóide de um dos parceiros, em laboratório. Os embriões gerados são, então, transferidos para o útero da parente de primeiro grau", explicou a especialista.
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »