Que o bullying provoca mudanças de comportamento em crianças e
adolescentes, tornando-os mais retraídos, ansiosos e socialmente
isolados, entre outros sintomas, já se sabia. Agora, um novo estudo acha
pistas importantes de como essa forma de violência causa danos no
cérebro. Uma equipe da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos,
analisou o comportamento e a anatomia de camundongos submetidos a uma
situação de estresse social crônico, semelhante à pressão sofrida por
alunos perseguidos sistematicamente e durante um longo período por
colegas. A descoberta foi que o abuso modifica a química cerebral,
principalmente em regiões fundamentais para o processamento das emoções.
Principal autor do estudo, publicado recentemente na revista
especializada Psychology and behavior, Yoav Litvin explica que as
conclusões podem lançar luz sobre os efeitos do bullying e de outras
formas de estresse social nas pessoas. Isso porque as regiões cerebrais,
nas quais os cientistas focaram estão presentes em todos os mamíferos,
dos pequenos roedores aos homens.
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