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* PMDB ameaça se afastar do PT, mas não deixa de cobrar cargos.

         Escaldado com o tratamento que vem recebendo do PT e um tanto frustrado com as sucessivas discussões nas reuniões com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o PMDB se mostra decidido a construir um plano B para o seu futuro. E a iniciativa começa a ser colocada em prática já, com duas ações simultâneas: tentar reformar a imagem de que os peemedebistas só pensam em cargos e, ao mesmo tempo promover uma campanha por novas filiações, que permitam ao partido caminhar separado do PT nas eleições de 2012.
         Nos bastidores, a maioria dos diretórios foi orientada a não se esforçar em repetir a aliança com os petistas. Nas conversas mais reservadas, a justificativa que a cúpula tem apresentado aos municípios para a atitude é a de que o PT “gosta de ser apoiado, mas não gosta de apoiar”. Por isso, a ordem é enfrentar o PT nas urnas e mostrar que é maior ou tão grande quanto e que também é capaz de ter propostas.
        Um dos focos do PMDB em busca de novos filiados é justamente São Paulo. Lá, os petistas fizeram de tudo para afastar Gilberto Kassab do partido. Conseguiram. Mas, de acordo com o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), mais de 300 líderes de municípios paulistas deixaram siglas de origem rumo ao partido. “Estamos em uma cruzada, uma campanha nacional. Orientamos o diretório para fazer novas filiações de lideranças com vistas nas eleições de 2012. Não podemos obrigar, mas a preferência é por candidaturas próprias. O partido está sendo bastante procurado”, afirma Raupp.
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