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* ‘Surpreso com a continuidade da greve’

          O Governo do Estado recebeu com surpresa a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE) de continuar a greve, mesmo depois da proposta que assegura, de imediato, a implantação do Piso Salarial Nacional do Magistério e o aumento real de 34% no vencimento de todos os profissionais do Magistério da ativa e também dos inativos, negociada em quatro parcelas.
            O titular da Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (SEARH), José Anselmo de Carvalho Júnior, antecipou que as medidas após a decisão do sindicato serão tomadas pela Secretaria de Estado da Educação. "Apesar das limitações que o Estado tem enfrentado, não estamos medindo esforços para que tudo se resolva o mais rápido possível", justificou Carvalho.
            O secretário classificou a greve como "sem sentido" e reafirmou que, mesmo assim, as decisões do Supremo Tribunal Federal e os pontos acordados nas negociações com a categoria serão cumpridos. "Vamos implementar o piso e todos os pontos que temos levado para as rodadas com o Sinte. Não há sentido que justifique a greve."
           No outro lado das negociações, a categoria paredista argumenta que a greve vai continuar porque a proposta apresentada pelo Governo não tem nada de novo. O sindicalista Rômulo Arnoud explicou que a aplicação dos 30% do Plano de Cargos, Carreira e Salários para os demais profissionais já havia sido assegurada pelo Governo, mas, mesmo assim, "algumas questões ainda ficam em aberto e não foram bem explicadas pelo Estado". Já, quanto aos 30% de reajuste real para a categoria, Rômulo argumentou que o valor é uma estratégia de complementação para atingir o piso determinado por lei e "não devem ser levadas em consideração as gratificações, segundo a determinação do STF", disse ele, destacando que o valor só vai surtir efeito para alguns professores que já estejam com situação adiantada no Plano.
            No entanto, em nota divulgada no site do Governo do Estado, a Secretaria de Educação assegura que o aumento real de 34% será no vencimento de todos os profissionais do Magistério da ativa e também dos inativos, de forma progressiva e negociada, em quatro parcelas.

Matéria Jornal de Fato.
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