Os corredores do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, passaram a ser ocupados por pacientes em atendimento, depois que o total de leitos disponíveis no Pronto Socorro lotou. Pior que isso. Das 11h de segunda-feira até a manhã de ontem, nem macas havia mais para acomodar os pacientes nos corredores. Um deles teve de passar a madrugada deitado em cadeiras de plástico. Uma senhora que chegou ao hospital de madrugada, vindo de Areia Branca, quase não era aceita. A morte de uma paciente, e a consequente desocupação de um leito, tornaram possível o atendimento da idosa. A morte abriu espaço para a vida.
Desde o último fim de semana, a situação no Tarcísio Maia tem sido essa. O aumento na demanda de pacientes - muitos vindos do interior - superlotou a unidade e inviabilizou o recebimento de novas pessoas. Um drama para um hospital onde cerca de 280 pessoas são atendidas diariamente.
O diretor da unidade, Ney Robson, confirmou a situação e ressaltou a necessidade de uma conversa com prefeitos do interior para que cumpram a pactuação que determina o envio de pacientes para Mossoró somente em algumas situações. “Pelo menos 50% dos pacientes do Tarcísio Maia vêm de cidades pequenas, e muitos com problemas que deveriam ser resolvidos nos municípios”, comentou.
Essa é a realidade da Saúde do RN.
Jornal de Fato.
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