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* Obras para Olímpiadas em 2016 estão mais adiantadas do que as da Copa.

        O governo conseguiu aprovar no Congresso a medida provisória que altera as regras de licitação para as obras da Copa do Mundo e da Rio 2016. Para comemorar, a presidente Dilma Rousseff receberá, na quarta, os líderes dos partidos aliados em um jantar no Palácio da Alvorada. Mas o otimismo político não se traduz na realidade dos canteiros: a dois anos do início da Copa das Confederações, em julho de 2013, mais da metade das obras de mobilidade urbana tiveram seus cronogramas de conclusão reprogramados; São Paulo ainda não tem estádio para a realização dos Jogos, e os editais para concessão à iniciativa privada de três dos principais aeroportos brasileiros — Garulhos e Viracopos, em São Paulo, e o de Brasília — só saem em dezembro. Os editais de Confins, em Belo Horizonte, e do Galeão, no Rio de Janeiro, só devem estar prontos no ano que vem.
        O Ministério do Esporte foi procurado pelo Correio, mas não quis se manifestar sobre o assunto. Segundo o relator da RDC na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), após a aprovação da matéria no Congresso, o cronograma ficará mais acelerado. “Os governadores, inclusive da oposição, começam a correr atrás do prejuízo nas obras estaduais. Vamos conseguir entregar tudo a tempo do Mundial”, acredita.
        A situação das obras da Copa fica ainda pior em contraste com outro grande evento esportivo brasileiro previsto para esta década, os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, que estão em um estágio um pouco mais avançado, apesar de ter mais mais dois anos de folga. O cronograma em dia e a última visita feita pelos representantes do Comitê Olímpico Internacional geraram elogios à Cidade Maravilhosa. Isso ocorreu apesar de a passagem deles ter coincidido com um vendaval que assolou a capital fluminense e expôs um antigo drama conhecido dos cariocas: o alagamento das ruas ao redor do Maracanã e próximas à Praça da Bandeira. “Tudo bem, isso foi em junho, os jogos serão em agosto, nessa época nunca chove no Rio”, aposta um dos integrantes do Comitê Rio 2016.
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