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* O Xerife entrega o distintivo.

Viaturas, armas, operações e diligências entraram no cotidiano de Maurílio Pinto de Medeiros no dia 1º de julho de 1964 e, desde então, a habilidade, os contatos e a forma como ele fez uso desse aparato o tornaram referência no combate à criminalidade no Rio Grande do Norte. Hoje, o homem mais conhecido da Polícia Civil do Estado se afasta das atividades que por tanto tempo lhe deram satisfação e orgulho.

A menos de um mês de completar 70 anos de idade, Maurílio já não possui o mesmo vigor físico de quando foi prender o traficante Antônio Caiçara, em 25 de março de 1983.

A imprecisão não é uma falha, pelo contrário. Ela dá a dimensão ou a impossibilidade de fixar um limite para o papel  na polícia potiguar de quem, como Maurílio, começou   como motorista. Em Patú, a cerca de 320 quilômetros da capital, dirigia nas diligências comandadas pelo pai, o coronel PM Bento Manoel de Medeiros. "Antes de ser oficializado no cargo, cheguei a dirigir sem carteira as viaturas da polícia, inclusive para outros Estados. Nunca deu problema", relata em meio a risos.

Por cerca de 21 anos, o delegado foi o chefe de Polícia Civil no Estado. Exerceu, ainda, as funções de subsecretário e secretário adjunto de Segurança Pública. Ás vésperas da aposentadoria, com problemas de saúde, vai em dias alternados durante a semana à Delegacia Especializada de Capturas (Decap) para despachar documentos. Rotina que deve se encerrar em breve. E depois? "Inicialmente, estou planejando fazer umas viagens. Vai ser difícil me adaptar à nova rotina, ficar em casa. Mas é o jeito".

O Xerife deixa os quadros da Polícia Civil com o sentimento de dever cumprido e acreditando na capacidade dos delegados que permanecem.
O Xerife entrega o distintivo 
O Xerife entrega o distintivo.
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