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* Projeto prevê doações de empresas privadas.

Embora tenha dito que o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais é "a essência" do anteprojeto que apresentará na próxima quarta-feira, o relator da reforma política na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), incluiu na proposta a possibilidade de doações de empresas privadas e também de estatais para um fundo geral de eleições. O restante do financiamento seria feito com recursos federais previstos no Orçamento Geral da União. Eventuais sobras de campanha, segundo o deputado, retornariam ao fundo eleitoral. "Se a Petrobras ou a Eletrobras financiam a cultura, também podem doar para este fundo. Da mesma forma, uma empresa privada que queira contribuir não escolherá um candidato ou um partido, mas fará um doação geral para o fundo", disse o deputado. "Hoje em dia, as campanhas são muito caras e têm pouco programa, O modelo atual dá poder demasiadamente forte a quem tem o poder econômico", afirmou Fontana.

O petista destacou que ainda discute com os partidos possíveis mudanças no anteprojeto, que, se aprovado na comissão especial, seguirá para a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) e depois para o plenário. Segundo Fontana, se aprovadas, as novas regras entrariam em vigor nas eleições de 2014.
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