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* Gesto da presidenta Dilma diminui irritação de aliados na Câmara.

Depois de uma rebelião na base que paralisou as votações na Câmara na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff entrou em campo para diminuir a irritação dos aliados, abrindo espaço em sua agenda para receber os parlamentares. Além desse gesto de aproximação, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, apresentou um cronograma de liberação de emendas dos deputados em reunião com os líderes da base aliada.
 
Em resposta, a base da presidenta na Câmara decidiu permitir a votação de uma única medida provisória nesta semana. "Parece que foi o cronograma possível para eles e nós vamos votando o que é possível para nós", disse o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO). "É operação padrão", concluiu o líder.
 
"Eles fingem que atendem e nós fingimos que votamos. O cronograma não diz nada mais do que já estava definido", afirmou outro deputado, presente à reunião. Ele afirmou, no entanto, que o clima ficou melhor porque a presidenta começou a receber os partidos políticos para conversar. "Ela (presidenta) fez um sinal de respeito. Em função desse gesto, vamos aliviar para ela", afirmou.
 
Na segunda-feira, 15, a presidenta recebeu o PMDB e o PT, principais partidos da base. Ontem, 16, Dilma recebeu os líderes do PSB, do PCdoB e do PDT. Na quinta-feira, o convidado será o PSD, partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ainda em fase de criação.
 
A mudança da presidenta na relação com os aliados animou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). "Ela iniciou um período novo no governo", afirmou. "A presidenta Dilma que eu vi e que ouvi ontem já é a minha candidata a reeleição", disse Alves. "Ela pode me devolver o bambolê", disse. O líder do PMDB presenteou Dilma Rousseff, ainda no governo Lula, com um bambolê para ela exercitar o "jogo de cintura" necessário na relação política.
Jornal de Fato.
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