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* Escândalos levam ministérios a perder verba para 2012.

A presidente Dilma Rousseff transferiu para sua primeira Lei Orçamentária Anual (LOA) o descontentamento com ministérios que foram alvos de denúncias de corrupção e mau uso do dinheiro público. Duas pastas que tiveram ministros afastados por envolvimento em escândalos e outros dois ministérios que ainda dominam o noticiário graças a apurações de irregularidades sentiram a tesoura do Planalto.

O maior “castigo” ficou com o Ministério do Turismo, comandado por Pedro Novais. Apesar da sobrevida no cargo, Novais terá que reorganizar as contas para fazer a pasta funcionar com um dígito a menos. Na LOA do ano passado, o Turismo recebeu indicação orçamentária de R$ 3,7 bilhões do Executivo. Após o escândalo que atingiu o ministério, a previsão de recursos diminuiu em 78,5%, caindo para R$ 795 milhões. O corte orçamentário ocorre menos de um mês depois da deflagração da Operação Voucher pela Polícia Federal, que culminou na prisão de 36 pessoas, acusadas de formação de quadrilha para desviar recursos públicos. Aliados da presidente avaliam que o rigor na liberação dos recursos pode ser uma alternativa nas pastas que não sofreram a faxina da troca ministerial.
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