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* Líderes do governo preferem adiar votação da Emenda 29.

O Senado vai engavetar o projeto de lei complementar que regulamenta a destinação de recursos para a Saúde - a chamada Emenda 29. Aprovada quinta-feira na Câmara, a proposta não será votada este ano pelos senadores. Motivo: líderes aliados detectaram um movimento na base para que o Senado ressuscite no projeto o mecanismo que obriga a aplicação de 10% da receita corrente bruta da União no setor. Essa vinculação injetaria mais recursos no setor. Em 2010, o governo destinou cerca de R$ 60 bilhões.

"Não há hipótese de o governo aceitar o restabelecimento dos 10%", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). "Como existe essa possibilidade dos 10% voltarem, vão empurrar o projeto com a barriga para o ano que vem", previu o senador Paulo Paim (PT-RS), um dos favoráveis à obrigatoriedade dos 10% da receita da União para a Saúde. "Não interessa ao governo votar esse projeto agora", resumiu o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, o governo está preocupado neste momento em votar outros temas polêmicos, como o Código Florestal e o projeto que distribui os royalties da exploração e comercialização do petróleo da camada pré-sal. 
 Esses deputados...
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