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* Procurador geral diz que acabou a paciência do Governo para negociar.

"O governo endureceu e fechou o canal de negociação com os professores e servidores da Uern. Paciência tem limite!", é o que o procurador Geral do Estado revela em relação a greve dos professores e servidores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Uern.

De acordo com o procurador, o estado pediu a abusividade do movimento e o retorno imediato dos professores ao trabalho, sob pena de multa de até R$ 100 mil/dia. "A ação está ajuizada e o desembargador Saraiva Sobrinho decidiu ouvir os sindicatos e só depois dar o seu parecer sobre a greve. Acredito que isso deve acontecer na próxima semana, e enfim, os docentes retornarem as salas de aulas", ressaltou o procurador.

Ontem, os professores da Uern se reuniram e decidiram não discutir sobre a greve da categoria. A decisão foi tomada porque o relator da matéria que pede a ilegalidade e abusividade do movimento paredista decidiu não julgar a liminar que pede a imediata suspensão da greve.

Antes de se manifestar sobre o pedido do Governo do Estado, o desembargador decidiu solicitar informações às partes envolvidas no processo. Dessa forma, a assembleia foi encerrada e iniciou-se um debate sobre o pedido de ilegalidade da greve da Uern. A discussão foi iniciada através das explicações do assessor jurídico da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), professor Lindocastro Nogueira.

"Sem dúvidas, o TJRN, soberanamente, deu mais uma oportunidade ao diálogo. A Aduern, com certeza demonstrará quem de fato procurou ao longo da greve colocar empecilho às negociações. A Nota de Esclarecimento divulgada recentemente pela Aduern já mostrara o caminho das pedras e quem se revelara o déspota desse processo, inclusive surpreendendo-nos.", comenta Neto Vale, integrante do comando de greve.
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