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* Governo evita as emendas da oposição.

O governo conseguiu desmontar o apoio que a oposição havia obtido no Senado para emendar a Proposta de Emenda Constitucional que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2015, ao convencer os senadores Paulo Davim (PV-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) a retirarem suas assinaturas. Com isso, o total de 28 assinaturas, uma a mais do que as 27 necessárias, caiu para 26, sendo oito delas de senadores de partidos da base aliada do governo.

Os líderes do PSDB, Alvaro Dias (PR), e do DEM, Demóstenes Torres (GO), garantem ter outros nomes para substituir os que recuaram. Os nomes, segundo eles, só serão conhecidos na quinta-feira, quando a proposta será votada em primeiro turno. Os líderes acreditam que contarão com o apoio de 31 colegas. O mecanismo da DRU permite ao governo usar livremente 20% de todas receitas federais, sem ficar engessado aos repasses previstos na Constituição.

O DEM tem três emendas prontas, todas elas destinando mais recursos para a área da saúde. A do presidente do DEM, senador José Agripino(RN), destina 10% dos R$ 62,4 bilhões da DRU para a saúde. As emendas do líder democrata Demóstenes Torres (GO) preveem para o setor os R$ 9,5 bilhões decorrentes da queda de 1,5% da taxa Selic e parte dos R$ 12 bilhões da DRU destinada à reserva de contingência.
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