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* Mossoró anuncia que não vai mais bancar a saúde dos municípios da região.

O Gerente Executivo da Saúde Benjamin Bento, anunciou oficialmente nesta quinta-feira (22/11) que a partir de janeiro de 2012, só pagará os chamados Plus (gratificações de 100% em cima da tabela SUS) por procedimentos realizados em pacientes de Mossoró e município pactuados. O comunicado foi feito a tarde através de uma entrevista coletiva concedida à imprensa na sede da Gerência e em seguida, através de reunião na II Ursap com prefeitos dos 14 Municípios que Mossoró é pólo.

De acordo com Benjamin, a medida é uma forma de evitar que o financiamento da saúde em Mossoró entre em colapso. “Por três anos estamos pagando esse Plus pelos atendimentos de pacientes de cerca de 60 Municípios. Nosso prejuízo chega a R$ 7 milhões por ano, dinheiro que poderia está sendo usado na melhoria da rede municipal”, comentou o gerente de saúde.

O problema é mais grave na obstetrícia. Só para se ter uma ideia, de janeiro a outubro desse ano, Mossoró realizou pagamento de Plus por 4.730 partos, quando na verdade, 1.969 partos foram de pacientes de outras cidades.

Uma das saídas para resolver o problema seria uma contrapartida por parte do Governo do Estado. “Natal também paga a complementação dos médicos,só que o Estado assume 60% dessa conta.O Município entra apenas com 40%. Já fizemos esse pedido ao Estado, mas até o momento não recebemos retorno”, destacou Benjamin Bento.
O PROBLEMA EM NÚMEROS 
 • 4.730 partos foram realizados em Mossoró de janeiro a outubro de 2011
• Desse total, 1.969 foram partos de pacientes de outras cidades
• R$ 329,00 é o valor que o município paga aos anestesistas por procedimento
• R$ 545,73 é o valor que o MS paga por cada parto cesariano
• Mossoró ainda paga R$ 1.024,78 por cada parto cesariano
• No caso de parto de alto risco cesariano, esse valor passa para R$ 1.450,09
• Por cada parto normal, o Município paga R$ 948,20
• Para partos normais de alto risco, esse valor sobre para R$ 1.189,34
• Somente em 2011 foram pagos mais de R$ 5 milhões somente em Plus na Apamim,Centro de Oncologia e Wilson Rosado (UTIs)
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1 comments:

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Anônimo
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26 de dezembro de 2011 às 21:50 delete

isso e um ato desumano,desde quando há preco para salvar vidas,e principalmente em um momento tão magico como a maternidade.Há ja sei e porque esse indiota não precisa do sus para sua familia mas DEUS existe e vai te julgar melhor seu inbesssil

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