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* Marco Maia se rebela contra o Planalto.

Um dia depois de suspender a sessão da Câmara sem votar o projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp), o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), afirmou ontem não ser obrigado a acatar a pauta de votações proposta pelo governo. Maia entrou em rota de colisão com o Palácio do Planalto depois de o governo recusar a nomear um apadrinhado para cargo na cúpula do Banco do Brasil.  Irritado, o presidente da Câmara encerrou a sessão com o argumento de que não havia acordo entre os partidos políticos para aprovar o Funpresp. Ele nega ter feito indicação para cargo no governo. Mas o comportamento de Maia foi criticado pelos seus colegas de Câmara. Sem querer se expor, deputados atacaram Maia e o acusaram de estar usando a Câmara em benefício próprio.

Ao mesmo tempo, parlamentares contrários à aprovação do Fundo comemoraram a decisão do presidente da Câmara. "Se ele tomou essa atitude em função de uma nomeação, que ele jamais reconhecerá, isso teve um resultado positivo na medida em que não se votou uma matéria tão polêmica. Ele (Maia) mostrou uma grandeza do Poder Legislativo, mesmo que as razões sejam menores", disse o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ).
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