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* "O PT se tornou uma força condutora da expansão burguesa", diz sociólogo.

Ao avaliar o primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o sociólogo Luiz Werneck Vianna defende que as questões que importam para a presidente são as de estado e de economia, de gestão, de racionalização. "Ela é muito desatenta em relação a esses problemas de tornar o governo mais poroso, mais próximo dos movimentos sociais, atraindo-os para o Estado e daí exercendo sobre eles uma tutela.

A ênfase do governo Dilma é economia de gestão, racionalização". Werneck não concebe a ideia de que Dilma traia o mandato de Lula. "Ela procura ser fiel. O problema é que não é fácil ser fiel, pois ela é diferente dele". Na entrevista a seguir, concedida por telefone para a IHU On-Line, o professor-pesquisador da PUC-Rio aposta no ressurgimento da política nos próximos anos com muita força. "Não há mais possibilidade de segurar a sociedade com esse jogo de manter os contrários em permanente equilíbrio". Luiz Werneck Vianna é professor-pesquisador na PUC-Rio. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, é autor de, entre outros, "A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil" (Rio de Janeiro: Revan, 1997); "A judicialização da política e das relações sociais no Brasil" (Rio de Janeiro: Revan, 1999); e "Democracia e os três poderes no Brasil" (Belo Horizonte: UFMG, 2002).
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