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* Seca renderá ao RN um dos piores anos agrícolas.

O Rio Grande do Norte deverá registrar um dos piores anos agrícolas da década, este ano, pressionado pela ausência de chuvas, que vem prejudicando a atividade rural em toda a região. A projeção é do analista de Mercado de Produtos Agrícolas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no estado, Luís Gonzaga. De acordo com ele, só 12% da área disponibilizada para o plantio de grãos no RN foi cultivada até o momento. O índice costuma ultrapassar 90%, no período, quando o clima é favorável. 

Diante do cenário, o analista estima que haverá queda na produção, em relação ao ano passado, mas não arrisca em quanto. As culturas de feijão e milho serão, segundo ele, as mais afetadas.

De forma global, a produção de grãos no estado, de acordo com levantamento realizado pela Conab em março, deve cair 3,5%. No caso do algodão em pluma, a queda chega a 37,5%, a maior da região. Carlos Bestetti, gerente de avaliação e acompanhamento de safras da Companhia, lembra que os dados não estão atualizados, mas confirma que a tendência é de queda no RN. O recuo na produção  torna o Rio Grande do Norte, grande importador de grãos, ainda mais dependente da safra dos outros estados e ainda mais vulnerável a oscilações de preço.

Não é só no estado, porém, que haverá perdas. Nacionalmente, a produção de grãos deverá cair 2,2% este ano, segundo projeções divulgadas ontem pela Conab. Apesar da retração, o volume produzido ficará dentro da normalidade, afirma Bestetti. No Nordeste, porém, a situação continua indefinida.
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