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* Mossoró: Polícia Federal prende vereador e empresários.

A operação Vulcano (deus do fogo) deflagrada por volta da 5h da manhã de hoje pela Polícia Federal e o Ministério Público, com apoio do Conselho Administrativo de Direito Econômico (CADE), dentro de uma investigação que visa o combate ao cartel de combustíveis na cidade, resultou na prisão de um vereador e sete empresários do setor em Mossoró. De acordo com os delegados e promotores que participaram da operação, apenas um mandato dos nove mandatos de prisão que deveriam ser executados não ocorreu. Eles não informaram os nomes das pessoas que tiveram mandato de prisão decretado. Mesmo assim o Correio da Tarde esteve em alguns locais onde foram efetuadas prisões e mandatos de busca e apreensão e pode constatar que havia mandato de prisão para os vereadores, Claudionor dos Santos (PMDB), que acabou sendo detido em sua residência e se encontra a disposição da PF, e do atual presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José Junior da Silveira Junior (PSD), que desde o último dia 23, se encontra em viagem ao exterior e de busca e apreensão no gabinete do vereador Genivan Vale (PR), que acompanhou o trabalho da PF. Genivan, também foi ouvido pela Polícia Federal, para prestar esclarecimentos sobre o Projeto de Lei, que permitia a implantação de postos de combustíveis em supermercados, mas depois de depor na PF, o vereador foi até a Câmara Municipal, onde os agentes cumpriam um dos mandatos de busca e apreensão e logo depois foi liberado. Ele deixou claro que não tinha nenhuma informação detalhada sobre a operação. "O que a gente está sabendo, é que a operação está relacionada a questão dos combustíveis, envolvendo uma lei de minha autoria que aumentava a concorrência dos postos, a abertura para permitir uma maior concorrência e consequentemente uma baixa nos preços do combustível em Mossoró. Todos sabem que os postos de Mossoró cobram um dos valores mais altos de combustível da região", haja vista a gente saber que é um dos maiores preços aqui na região Nordeste", disse.

A imprensa mossoroense procurou manter contato com assessoria e advogados dos vereadores, mas não obteve respostas conclusivas sobre a participação deles nesse esquema de cartel dos combustíveis em Mossoró. Os advogados afirmaram que estão analisando a situação para se posicionar, já que foram surpreendidos com a operação e precisavam analisar a situação. Já a assessoria de comunicação do vereador Francisco José Júnior afirmou que não tinha informações sobre o paradeiro dele.
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