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* Pizza: Acordo entre governistas e oposição enterra CPI.

Um acordo fechado entre os governistas e a oposição decidiu enterrar ontem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira com a suspensão de seus trabalhos até o primeiro turno das eleições municipais, que vão ocorrer no dia 7 de outubro. A paralisação das investigações conta com o aval do governo, favorável ao congelamento das reuniões da CPI.

"Não podemos deixar a CPI sofrer com a contaminação eleitoral", alegou o vice-presidente da Comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Tanto petistas quanto tucanos querem evitar a exploração de imagens e de depoimentos que acabem embaraçando as campanhas de seus candidatos. Diante desse cenário, o "acordão" caiu como uma luva. "Esse acordo é uma pá de cal na CPI", lamentou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno(PR).

A eventual prorrogação da CPI, prevista para terminar no dia 4 de novembro, vai depender do resultado das eleições municipais, das capitais em que os petistas sairão vitoriosos e do julgamento final do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Se o PT achar que saiu muito prejudicado, a tendência é que a CPI seja prorrogada. Mas para isso, os petistas terão de convencer o PMDB e os demais aliados, que estão ávidos pelo fim dos trabalhos da Comissão.

"Se tiver prorrogação vai ser só por 15, 20 dias", avisou o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). "Não é bem assim. Vamos ter de ver isso depois das eleições", rebateu o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). "Só vamos decidir se ampliamos o foco da CPI depois das eleições", afirmou Paulo Teixeira.  A decisão de paralisar a CPI até as eleições foi comemorada no Palácio do Planalto. O governo considerou um "erro estratégico" do PT na CPI a convocação de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit.
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