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* Relator diz não ter 'qualquer dúvida' sobre compra de votos no mensalão.

O relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (17) durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) não haver "qualquer dúvida" de que existiu um esquema de pagamento de propina no Congresso Nacional para beneficiar o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há fartas testemunhas sobre pagamentos, da origem dos recursos, não havendo qualquer dúvida sobre o esquema de compra de votos a esta altura do julgamento. Há várias provas das reuniões mantidas pelos interessados, da tarefas atribuídas aos réus. Não vislumbro qualquer deficiência probatória quanto a esse crime. Várias pessoas ouvidas afirmaram que o pagamento para votações já era comentado na Câmara muito antes da famosa entrevista de Jefferson", disse, durante a leitura de seu voto sobre corrupção envolvendo políticos.

Na sustentação oral, os advogados dos réus negaram que tenha havido esquema de compra de votos. Eles afirmaram que o dinheiro recebido era de caixa dois, ou seja, dinheiro não declarado da campanha eleitoral.

De acordo com o relator, "a confirmação de que vultosas quantias em espécie foram entregues a esses parlamentares por ordem dos réus do PT foi obtida por confissão dos réus, laudos periciais, emails, além de declarações de testemunhas”.

Até a última atualização desta reportagem, Joaquim Barbosa ainda não havia dito se condenará ou se absolverá os 23 réus acusados nesse tópico, o item 6 da denúncia da Procuradoria Geral da República.
Entre os acusados estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino.
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