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* Falta de chuva e de políticas públicas fazem o preço do feijão e do milho dobrar no RN.

O consumidor do Rio Grande do Norte tem sentido as oscilações nos preços de produtos agropecuários. Em alguns casos, como o feijão, milho e o mel de abelha, o valor chegou a variar 50% ou mesmo a dobrar de um ano para o outro. As causas do aumento vão além de fatores climáticos, como a seca deste ano - considerada a pior das últimas três décadas.

De acordo com analistas, a falta de políticas de incentivo ao pequeno e micro produtor, o aumento da carga tributária e mesmo a importação de mercadorias de outros estados para atender o consumo interno - devido ao encolhimento da safra agrícola - tem contribuído para encarecer a mesa do potiguar.

O Rio Grande do Norte desponta em último lugar entre os estados nordestinos e em 22º no país em participação agrícola, com  0,5% da produção nacional. Os dados são da Produção Agrícola Municipal de 2011 (PAM/2011), estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na última semana.

O baixo desempenho, explica o analista do IBGE Ivanilton Passos de Oliveira, está atrelado à queda histórica na produção, sobretudo de grãos, devido a falta de políticas públicas que fixem o agricultor ao campo. "Estamos em região de semiárido e não vemos incentivos, estímulo para plantar e escoar mercadoria, exceto pela fruticultura irrigada. Se houver mercado e condições para o plantio, o agricultor vai plantar", frisa.
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