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* Tendência dos deputados é derrubarem os vetos da governadora.

Entre os deputados estaduais os 13 vetos das emendas coletivas feitos pela governadora Rosalba Ciarlini foram vistos com cautela. Oficialmente, poucos são os que assumem a tendência de derrubar os vetos. Mas entre os parlamentares prevalece o entendimento de que precisam manter o projeto aprovado pelo Legislativo, que foi consenso entre os 24 deputados.

“Como eu vou votar contra mim mesmo? Se todos os 24 deputados aprovaram o projeto não vejo quem poderá votar favorável a esse veto”, disse o deputado estadual Fábio Dantas (PHS).

Fábio Dantas analisou que o Governo deveria não ter feito os vetos já que o Fundo de Participação dos Estados passará por uma mudança significativa, a partir do projeto que será aprovado no Congresso, o que recairá em um incremento da receita para o Executivo estadual. “Com o novo FPE terá um incremento de arrecadação e a governadora vai poder fazer suplementação com a entrada desses recursos”, disse.

O deputado do PHS disse que a “grande solução” sem necessidade dos vetos passa pelas receitas que virão a partir do FPE.

O deputado estadual Raimundo Fernandes (PMN) foi cauteloso: “a gente tem o direito de apresentar as emendas, ela (a governadora) tem o direito de vetar e a gente tem o direito de apreciar o veto”.

O deputado estadual Kelps Lima (PR) disse que não havia lido as razões do veto, mas chamou atenção que o Governo precisa iniciar logo a negociação política para recomposição dos itens orçamentários vetados. “O Governo precisa fazer isso dentro do canal de diálogo, deixar a matéria para discutir quando da apreciação dos vetos é imprevisível”, disse.

O parlamentar do PR chamou atenção que o ideal para o Governo é iniciar o diálogo com os deputados antes e logo em seguida enviar o projeto de reenquadramento orçamentário. “Se deixar para apreciação do veto não é o melhor caminho”, disse Kelps Lima.

Ele não acredita em crise entre o Executivo e o Legislativo. “O tom que vejo é o da tentativa de encontrar um bom termo e vou trabalhar para ser aberto o canal de diálogo”, completou.
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