A história do
mecânico de automóveis José Valdetário Benevides, o 'Valdetário
Carneiro', que nos anos de 1990 e início dos anos 2000 se tornou um dos
assaltantes de banco mais perigosos do Nordeste, e que foi morto em
confronto com a polícia em dezembro de 2003, foi transformada em
livro-reportagem por dois alunos do curso de Jornalismo da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O trabalho foi aprovado com a
nota máxima nesta sexta-feira (28).
Livro |
Paulo Nascimento e
Rafael Barbosa apresentaram "Valdetário Carneiro: a essência da bala"
como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Além de traçar o caminho do
mecânico, nascido na cidade de Caraúbas (no Oeste do estado) em 1959, a
obra também inclui um breve capítulo sobre a história de parte da
família Benevides Carneiro, em especial os primos de Valdetário, que
também foi envolvida com o crime.
"Buscamos contar
através do livro a história do homem Valdetário, que é desconhecido do
grande público, mostrando o que está por trás do mito criado tanto pela
população como por parte da mídia na época", afirmou Rafael Barbosa.
José Valdetário,
como conta o livro-reportagem, participou de uma série de assaltos a
bancos em vários estados do Nordeste durante o fim da década de 1990 e o
início dos anos 2000. Ele também orquestrou homicídios contra inimigos
políticos de sua família, em especial integrantes da família Simião
Pereira, como os médicos e irmãos João e Aguinaldo Pereira.
Ele ainda
participou da segunda maior fuga da história da Penitenciária de
Alcaçuz, quando em novembro de 2000 foi resgatado, junto com outros 29
homens, por integrantes de sua quadrilha. Os homens neutralizaram a
segurança da unidade prisional utilizando metralhadoras de uso exclusivo
das Forças Armadas. O trabalho ainda traz uma versão inédita da
operação que resultou na morte do assaltante, no dia 10 de dezembro, em
um sítio da zona rural de Lucrécia.
O plano dos dois
alunos é de que o livro seja lançado, acrescido de mais informações, até
o início do próximo ano, quando se terá completado dez anos da morte de
Valdetário.
G1 - RN
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