Cientistas americanos conseguiram
“desligar” o cromossomo responsável pela síndrome de Down numa
experiência feita com células humanas em laboratório. A pesquisa,
publicada na “Nature”, abre caminho para uma revolução no tratamento da
condição dentro de alguns anos.
Os seres humanos nascem com 23 pares de
cromossomos, incluindo os dois cromossomos que definem o sexo (XX ou
XY), num total de 46 em cada célula. As pessoas com síndrome de Down têm
três – em vez de duas – cópias do cromossomo 21. Este terceiro
cromossomo provoca sintomas como dificuldade de aprendizado, o
surgimento precoce de doenças como o mal de Alzheimer e um risco maior
para problemas circulatórios e cardíacos.
E foi justamente esse cromossomo “extra” que os cientistas conseguiram “desligar”.
A terapia genética, que usa genes para
tratar doenças, vem sendo testada para problemas causados por um único
gene problemático. Mas, até agora, a ideia de conseguir silenciar os
efeitos de um cromossomo inteiro parecia além do campo das
possibilidades, mesmo no laboratório.
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