O ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
anunciou nesta segunda-feira (08) a elevação da carga horária dos cursos
de medicina da rede pública e privada do país de 6 para 8 anos de
duração. A partir de janeiro de 2015, os estudantes que ingressarem nas
faculdades de medicina terão de cumprir obrigatoriamente um ciclo de
dois anos da grade curricular no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo
Mercadante, a experiência no SUS vai “humanizar” a formação
universitária.
A medida foi prontamente criticada por entidades da classe médica, que consideram que ela pode "favorecer a exploração".
"Trata-se de uma manobra, que favorece a exploração de mão de obra. Não
se pode esquecer que os estudantes já realizam estágios nas últimas
etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos
de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS",
declararam a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional
de Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a
Federação Nacional dos Médicos (Fenam), em carta conjunta.
A alteração no currículo do curso de medicina foi divulgada durante a
cerimônia de lançamento do programa “Mais Médicos”, que visa a ampliar
as vagas de medicina no país e atrair profissionais para áreas que
carecem de atendimento. O evento, realizado no Palácio do Planalto, teve
a presença da presidente Dilma Rousseff.
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