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* Casos de tétano no RN preocupam Secretaria Estadual de Saúde.

Os seis casos de tétano confirmados no Rio Grande do Norte neste ano têm preocupado a Secretário de Estado de Saúde Pública (Sesap). O número já é igual ao registrado em todo o ano passado. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Estadual (Sinan), no período de 2007 até junho deste ano, 13 pessoas morrreram de tétano no RN. No período de seis anos e meio foram notificados um total de 78 casos suspeitos da doença, com confirmação de 48.

“Esse número é preocupante em se tratando de uma doença que se pode prevenir por meio de vacina disponibilizada gratuitamente à população, em todos os postos de vacinação dos 167 municípios norte-rio-grandenses”, alerta a médica infectologista Milena Martins, diretora do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, unidade referência no tratamento dos casos de tétano no estado junto com o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, na região Oeste potiguar.

A diretora explica que se a vacina do tétano não for tomada a tempo, o tratamento pode ser longo. O paciente pode permanecer em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por uma média de 60 dias. “Além de doloroso para o paciente, que poderia ficar livre com uma vacina de R$ 0,57, o tratamento é oneroso, podendo custar até R$ 30 mil por paciente internado”, diz.

É o caso de um paciente de 64 anos, que há dois dias foi transferido de Mossoró para a UTI do Hospital Giselda Trigueiro. Internado em estado grave, o paciente fez uma traqueostomia e está com ventilação mecânica. Ele pode ficar até dois meses no hospital. O paciente é caçador e contraiu tétano ao se cortar em uma madeira.
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