As chuvas que caíram no Rio Grande do Norte ao longo de 2013 não foram
suficientes para reabastecer os principais mananciais de água doce do
Estado. Com isto, e baseado em previsões climatológicas, a Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) encaminhou à
Governadoria um ofício sugerindo a renovação do Decreto de Estado de
Emergência em Decorrência da Seca. Conforme estudos do meteorologista
Gilmar Bristot, choverá pouco nos próximos meses, tanto no litoral
quanto nas demais áreas do estado potiguar, com precipitações que
deverão variar até 150 mm e 50 mm, respectivamente.
“Entre os meses de setembro e novembro choverá muito pouco. O segundo
semestre, historicamente, chove pouco. Haverá uma precipitação maior no
litoral, mas ainda baixa. No restante do Estado a situação será pior”,
analisou. Outra preocupação foi exposta por Gilmar Bristot: o aumento da
velocidade dos ventos. Como consequência, a evaporação da água
acumulada em lagoas, açudes e barragens ocorrerá mais rapidamente.
“Haverá um agravamento da situação nas regiões mais secas do Estado”,
alertou.
O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte
(Femurn), Benes Leocádio, comentou que as chuvas de 2013 resolveram a
questão da alimentação animal em algumas cidades, impedindo que o
rebanho que sobreviveu ao período mais seco, sucumbisse. Entretanto, 78
cidades apresentam situação críticas, principalmente aquelas do Seridó,
região Central e Mato Grande, cuja escassez hídrica é preocupante. “Em
Lajes, choveu menos de 115 milímetros de janeiro a julho deste ano.
Estamos esperando que o Governo do Estado coloque em operacionalização
aproximadamente 800 poços artesianos, que poderá diminuir o sofrimento
da população”, destacou Benes Leocádio.
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