O presidente do DEM, senador José Agripino, disse que a aliança
proporcional do DEM com o PMDB para as eleições de 2014 é uma “tendência
natural”. Ele também afirmou que, se tiver condições políticas e
eleitorais, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) terá o apoio do DEM
para disputar a reeleição ao governo do Estado nas eleições do ano que
vem.
As duas declarações de Agripino são conflituosas, se chocam e se
inviabilizam, se for levada em consideração as palavras recentes do
presidente do PMDB, deputado Henrique Alves, em entrevista reproduzida
na edição desta segunda-feira de O Jornal de Hoje.
Nela, Henrique afirma “que um projeto majoritário que quer mudar o
que aí está não caberia a participação do partido que está hoje nesse
processo constrangedor e de profundas dificuldades para o presente e
para o futuro do Rio Grande do Norte”, afirmou, se referindo ao DEM de
Rosalba e Agripino, excluindo a legenda governista da aliança de
candidatos a governador e a senador do Estado.
Já sobre a aliança proporcional, Henrique disse ser plenamente
possível, o que, inclusive, contraria o PT, parceiro federal do PMDB no
RN após o rompimento dos peemedebistas com Rosalba. Apear disso, o PMDB
mantém as portas de uma coligação proporcional abertas para o DEM.
Neste sentido, Henrique deixa entrevê a possibilidade de o DEM não
lançar Rosalba e apoiar o candidato da oposição. “Sem a proposta
majoritária, poderá ser que o DEM venha participar, apoiando os
candidatos que busquem o voto majoritário e queiram buscar os apoios
possíveis e não recuse o voto para chegarmos a uma vitória”, frisou.
Para Agripino, a aliança proporcional – sem Rosalba Ciarlini,
portanto, – seria a continuidade de uma realidade já existente
politicamente hoje no Estado, que é a aliança entre DEM, PMDB, PR e
outros partidos, como o PROS do presidente da Assembleia Ricardo Motta.
“Aliança do DEM com PMDB é prosseguimento de um fato que já existe.
Com o PMDB, com o PR, com o partido ao qual o deputado Ricardo Motta se
filiou. Essa é uma tendência natural de coligação proporcional. A
eleição de governador, nós vamos discutir mais para frente”, avaliou.
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