Trinta e sete anos após ter sido atribuída a um ataque cardíaco, a
morte do ex-presidente João Goulart, o Jango, ocorrida no exílio, em 6
de dezembro de 1976, volta a chamar a atenção da mídia e da população.
Para prestar honras a Goulart, nessa quarta-feira (13), os restos
mortais do ex-presidente serão exumados de seu jazigo na cidade de São
Borja (RS). De lá, o corpo segue para Brasília, onde será homenageado e,
após isso, passará por exames para finalmente tentar desvendar o
mistério por trás de sua morte.
Após um pedido da família de Goulart, realizado no dia 18 de março, a
Comissão Nacional da Verdade (CNV) decidiu investigar a morte do
ex-presidente. Uma portaria, assinada pela ministra dos Direitos
Humanos, Maria do Rosário, e publicada no dia 7 de novembro no Diário
Oficial da União, criou o grupo composto por representantes da própria
secretaria, da CNV e da Polícia Federal para coordenar as investigações.
Exilado pela ditadura militar na década de 60, Jango morou no Uruguai
e depois na Argentina, onde veio a falecer. A causa oficial da morte
nunca convenceu a família, que acusa o governo militar da época, de
Ernesto Geisel, de ter envenenando o ex-presidente.
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