O portal de O Estadão traz o destaque de que a presidente Dilma
Rousseff rebateu ontem a declaração do ex-presidente da Petrobrás José
Sérgio Gabrielli de que ela “não pode fugir da responsabilidade” sobre a
compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Dilma, por meio de
seu ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, reafirmou ter aprovado o
negócio em 2006 com base em um resumo executivo que não continha duas
cláusulas importantes do contrato.
Para evitar que o conflito se estenda ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, de quem Gabrielli é próximo, Dilma aproveitou mais cedo o
seu programa semanal de rádio para enaltecer as gestões petistas à
frente da Petrobrás.
A entrevista de Gabrielli ao Estado, publicada no domingo, contrariou
Dilma por causa da cobrança feita pelo ex-presidente da companhia.
Ontem ela acionou Mercadante por telefone e pediu que ele divulgasse seu
posicionamento.
“Como já foi dito pela presidente e demais membros do Conselho de
Administração da Petrobrás, eles assumiram as suas responsabilidades nos
termos do resumo executivo que foi apresentado pelo diretor
internacional da empresa”, disse o ministro ao Estado. “Este episódio
está fartamente documentado pelas atas do conselho que demonstraram que
os conselheiros não tiveram acesso às cláusulas Marlim e Put Option e
não deliberaram sobre a compra da segunda parcela. Gabrielli, como
presidente da Petrobrás à época, participou de todas as reuniões do
conselho e assinou todas as atas que sustentam integralmente as
manifestações da presidente.”
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