O doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, confirmou
nesta segunda-feira, 10, à Justiça Federal o elo do Mensalão do PT com o
esquema de corrupção propinas na Petrobrás. Ele disse que mantinha uma
conta corrente conjunta com o ex-deputado José Janene (PP-PR) – réu do
mensalão e que morreu em 2010 -, responsável pela indicação de Paulo
Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera,
em 2004.
Youssef declarou que, por orientação de Janene, repassava valores a
“agentes públicos, agentes políticos” e usava para isso um segundo
doleiro, Carlos Habib Carter, dono do Posto da Torre, em Brasília, para
entregar os valores. Ele disse que parte do dinheiro vinha do caixa de
construtoras. O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato,
perguntou a ele qual a origem do dinheiro. “Comissionamento de
empreiteiras”, declarou Youssef. O juiz perguntou: “Decorrente de
contratos com a administração pública, em geral propinas?” Youssef
respondeu: “Sim senhor, Excelência”.
Youssef.
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