A ex-ministra Marina Silva criticou duramente as primeiras medidas
tomadas pela presidente Dilma Rousseff na economia após o segundo turno
das eleições. Marina, que disputou a sucessão presidencial pelo PSB, não
quis fazer comentários sobre os nomes cogitados para os ministérios do
novo governo,mas acusou a presidente de tomar o rumo conservador, que na
campanha tanto criticou. A Executiva da Rede Sustentabilidade, partido
que Marina não conseguiu ainda legalizar, realizou dois dias de reunião,
em Brasília. A ex-ministra informou que os integrantes da agremiação,
que se filiaram ao PSB para a disputa eleitoral deste ano, continuarão
até que se consiga as cerca de 32 mil assinaturas, que ainda faltam para
viabilizar o partido.
Entre os pontos criticados por Marina está o aumento da taxa de juros
e o anúncio da redução do superávit primário em 2014 logo após o fim
das eleições. O Banco Central elevou a Selic de 11% para 11,25% ao ano
em outubro, surpreendendo o mercado financeiro. “Uma outra coisa que
antes era tratada como um tabu durante a campanha eram os preços
administrados. E já vimos ações tomadas logo após a eleição. Esta é a
diferença entre a realidade e o mundo colorido do marketing selvagem do
PT”, disse ao Estado de São Paulo. Perguntada os nomes cogitados para o
Ministério da Fazenda – primeiro Luiz Carlos Trabuco e, depois, Joaquim
Levy, ambos do Bradesco – logo após o PT ter cunhado a expressão
“candidata dos banqueiros” para classificar Marina durante a campanha, a
ex-ministra afirmou preferir não comentar nomes antes de um anúncio
oficial do governo.
Vai ser assim até 2018.
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