Último remanescente dos chamados “autênticos” do velho MDB, grupo que
fazia a oposição mais radical ao governo militar, o senador Pedro Simon
(PMDB-RS) encerra uma trajetória política iniciada como vereador em
1960 e marcada pelo espírito combativo, pela defesa da ética e pela
oratória demolidora. Com 32 anos de Senado, é um feroz crítico do
Parlamento, das siglas partidárias e do sistema eleitoral. Nas palavras
dele, o novo Congresso é “uma piada”, a forma de eleição dos deputados
brasileiros é a pior do mundo e os partidos não passam de uma
“esculhambação”. “O Congresso nunca esteve tão mal”, avalia em
entrevista à Revista Congresso em Foco.
Fiel ao velho MDB, enterrado, segundo ele, com Tancredo Neves, o
senador experimentou seu último protagonismo de maneira discreta: partiu
dele a sugestão a Marina Silva de se filiar ao PSB e firmar parceria
com Eduardo Campos. “Descarregaram uma metralhadora na Marina. Ela
sucumbiu”, lamenta, ao explicar a derrota da ex-colega.
Simon.
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