Além dos R$ 59 bilhões recebidos de convênios e serviços prestados em
obras da Petrobras, as empreiteiras sócias do “clube” investigado pela
Operação Lava-Jato receberam, entre 2010 e 2013, repasses diretos de R$
13,8 bilhões por contratos firmados com cinco ministérios: Transportes,
Integração Nacional, Defesa, Educação, e Minas e Energia. Dessa bolada,
mais de um terço — R$ 4,453 bilhões — foi contratado com dispensa de
licitação. As informações são de um levantamento feito a pedido do
Correio pela ONG Contas Abertas, com base em informações do banco de
empenhos do portal Siga Brasil, mantido pelo Senado Federal.
O levantamento analisa os contratos feitos pelos ministérios com
Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC/Constran, Mendes Júnior, Engevix,
IESA e Andrade Gutierrez. Também foram contabilizadas empresas
controladas por essas companhias e os consórcios formados entre elas
para tocar as obras. “O fato de haver irregularidades nos contratos com a
Petrobras não significa necessariamente que haverá problemas nos
outros, mas é necessário que os órgãos de controle passem a limpo o
conjunto dos contratos. É preciso saber se o ‘clube’ dos empreiteiros
também agiu em outras pastas”, completou o economista e fundador da
Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Toma lá dá cá...
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