A Proclamação da República Brasileira ocorreu no dia 15 de novembro
de 1889, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império. É por
isso que, nesse dia, celebra-se esse acontecimento, sendo decretado
feriado em todo o território nacional. O processo de instauração do
regime republicano no Brasil teve como antecedentes: as várias crises
institucionais que o reinado de Dom Pedro II sofreu ao longo das décadas
de 1870 e 1880 e as manifestações ideológicas que permearam esse mesmo
período. A estrutura do poder imperial, que possuía um caráter
centralizador, não permitia que as províncias tivessem autonomia – fato
que desagradava elites regionais, como a dos fazendeiros do oeste
paulista. Além disso, havia insatisfação também entre os militares, que
almejavam, em grande parte, imbuídos de ideais positivistas e
republicanos, uma república autoritária e modernizadora.
Havia também o grupo dos civis defensores do republicanismo e do
abolicionismo, notável em suas ferrenhas críticas à estrutura do poder
imperial. Nomes como os dos jornalistas Quintino Bocaiuva e Silva Jardim
destacaram-se nesse processo. Esse último caracterizou-se por uma
postura mais radical e revolucionária, enquanto o primeiro procurou
articular os vários interessados na derrubada do Império com o objetivo
de fazer uma transição o menos violenta possível. Bocaiuva, ao lado de
outro jornalista republicano, Aristides Lobo, foi, então, um dos
principais responsáveis pela união dos interesses que almejavam o fim do
reinado de Pedro II, tanto de militares e fazendeiros quanto de
revolucionários republicanos. Em meados de 1889, após os membros
republicanos do Parlamento terem rejeitado as propostas reformistas de
Pedro II, que pretendia conservar-se no poder, Bocaiuva e Aristides Lobo
começaram suas articulações e, em novembro, associaram-se ao Marechal
Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro, e prepararam
o golpe que foi dado no dia 15.
Viva a República...
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