O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró
arrolou a presidente Dilma Roussef como testemunha em uma ação penal na
Justiça Federal do Paraná. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira.
Como em qualquer ação penal, todo depoimento proposto pela defesa de um
acusado precisa ser aceito pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava
Jato, para ser realizado. Nesse processo, o ex-diretor é acusado de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido propina por
negócio no qual a estatal comprou sondas da Samsung Heavy Industries.
Mas Cerveró também é investigado por ter recomendado a compra da
refinaria de Pasadena, no Texas, ao conselho de administração da
petrolífera. Pelo empenho no péssimo negócio, Cerveró recebeu
suborno, de acordo com depoimento do ex-diretor de Abastecimento da
estatal Paulo Roberto Costa. Pasadena deu prejuízo superior a 1 bilhão
de reais para a petrolífera.
Embora o ex-diretor ainda não tenha sido acusado criminalmente pela
transação, o advogado Edson Ribeiro, que defende Cerveró, tenta desviar o
foco das acusações contra Cerveró e responsabilizar o conselho de
administração da estatal, presidido na ocasião por Dilma, por Pasadena.
"Ela não era na época presidente do Conselho de Administração? Não vou adiantar as perguntas que faremos", afirmou Ribeiro.
Cerveró.
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon