A Globo promoveu nesta semana uma dança das cadeiras na direção de
alguns de seus programas jornalísticos. A mudança mais relevante é a
saída Luiz Fernando Ávila do posto de editor-chefe adjunto do Jornal
Nacional, cargo que ocupava desde 2007, o segundo na hierarquia do
principal telejornal brasileiro, abaixo apenas do editor-chefe, William
Bonner. A Globo diz que Ávila foi “promovido” a editor-chefe do Jornal
Hoje, um jornal menos importante. Nos bastidores da emissora, a versão
corrente é a de que Bonner pediu a cabeça de Ávila, com quem vinha tendo
atritos.
A saída de Ávila causou um efeito cascata: Teresa Garcia, atualmente
editora-chefe do Jornal Hoje, vai assumir a chefia de Redação da
Editoria Rio, no lugar de Márcio Sternick, que passará a ocupar a chefia
de Redação de Rede, função exercida por Monica Barbosa, que por sua vez
será deslocada para a chefia de Redação do Globo Repórter. No lugar de
Ávila no JN, entrará o editor Fernando Castro.
Como editor-chefe adjunto do Jornal Nacional, Ávila era o
profissional que de fato fazia o telejornal andar, tomava as decisões
que resultavam nas principais reportagens e grandes coberturas do
telejornal. Um dos responsáveis pelo Emmy de 2011, pela cobertura da
ocupação militar do morro do Alemão, no Rio de Janeiro, o jornalista
estava em choque com Bonner.
Bonner pediu a cabeça de Ávila.
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