Citado na Operação Sinal Fechado, o governador Robinson Faria (PSD)
teve seu nome afastado das investigações pelo Ministério Público do Rio
Grande do Norte por falta de elementos que comprovassem sua participação
no esquema fraudulento, informou nesta sexta-feira (20) o
procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis.
No depoimento prestado em delação premiada ao Ministério Público, o
empresário George Olímpio revelou que o atual presidente da ALRN,
Ezequiel Ferreira (PMDB), teria cobrado propina no valor de R$ 500 mil
para agilizar a tramitação do projeto de lei da inspeção veicular
ambiental.
Segundo esse relato, Ezequiel argumentou que R$ 200 mil se
destinariam a Robinson, que, à época dos fatos, em 2009, era o
presidente da Casa. Apesar disso, George enfatizou aos promotores que,
em momento algum, chegou a tratar de propina com Robinson.
Posteriormente, contou ainda ele aos promotores, foi acertado o valor de
R$ 300 mil para Ezequiel.
A atuação de Faria seria no sentido de combinar com o colégio de
líderes a dispensa regimental do projeto de lei, que seria apreciado em
regime de urgência. De fato, o projeto foi apreciado sob esse regime,
mas não foram encontrados indícios de que Robinson recebeu o dinheiro.
Convocados pelo MPRN para depor, os deputados José Dias e Getúlio
Rêgo explicaram que o acordo com as lideranças não precisa
necessariamente ser feito pelo presidente da Casa, podendo ser costurado
por qualquer líder de partido ou bancada.
Eles também ressaltaram que, sendo pertencentes do grupo de Robinson
Faria à época dos fatos, sequer foram procurados pelo então presidente
da Assembleia Legislativa para tratar a matéria de interesse do grupo de
George Olímpio.
“Outrossim, perícia grafotécnica produzida pelo ITEP/RN atestou que a
assinatura constante do despacho de fl. 14 do Processo Legislativo nº
2848/09-PL/SL – que incluiu a matéria na pauta da sessão plenária do dia
15 de dezembro de 2009, após deliberação do Colégio de Líderes – não
partiu do punho escritor de ROBINSON MESQUITA DE FARIA, tendo esta
assinatura sido objeto de uma ‘falsificação do tipo IMITATIVA’
(fls.96/102)”, diz ainda trecho do documento distribuído pelo Ministério
Público.
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