O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 83 anos, afirmou nesta segunda-feira, dia 9, que um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff “não adiantaria nada”.
“Tirar a presidente da República não adianta nada. O que vai
fazer depois?”, questionou o tucano durante um seminário no Instituto
FHC, na capital paulista.
O tucano deu a declaração um dia depois do panelaço contra Dilma
no qual manifestantes xingaram a petista e também pediram sua renúncia
durante a transmissão do pronunciamento oficial da presidente na TV.
Durante o seminário, o ex-presidente realizou uma análise sobre o
cenário político e econômico do País e teceu uma série de críticas ao
modelo de gestão do PT na Presidência.
FHC afirmou que o modelo de presidencialismo de coalização,
chamado pelo tucano como de “presidencialismo de cooptação”, está
exaurido. Para o tucano, o sistema político está “totalmente
espatifado”. “Um Congresso que tem 20 e poucos partidos e um governo que
tem 40 e poucos ministérios é receita para não dar certo. Não pode
funcionar”, afirmou ele.
“Esse modelo que eles chamou de presidencialismo de coalização
está exaurido. E não é de coalização. É de cooptação. Isso se
arrebentou. Não tem mais Tesouro para sustentar essa farra toda. O
sistema políticos está totalmente espatifado”.
FHC.
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