Entrar num leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e piorar é a
exceção, não a regra nos hospitais. No Hospital Regional Tarcísio Maia
(HRTM), contudo, tal processo se inverteu: virou uma regalia conseguir
sair melhor, ou mesmo com vida de lá.
Relatos de familiares de pacientes internados na unidade denunciam uma situação de caos. Além do grave desabastecimento – pelo que se constata, persistente –, o setor de UTI estaria com uma bactéria, que contaminou diversas pessoas internadas.
“Minha mãe entrou aqui com uma infecção no pé e agora está inconsciente”, conta aos prantos a empresária Maria Dantas. Mossoroense de nascimento, ela deixou a Espanha, onde mora, para voltar ao Rio Grande do Norte e acompanhar o caso da mãe. “Quando ela entrou aqui antes de ontem [na segunda-feira, dia 9], ela estava falando, agora nem falando está mais. Hoje todo mundo piorou, estamos todos apavorados”.
Sem alternativa, familiares se veem obrigados a comprar medicamentos que chegam a custar R$ 3,5 mil. De acordo com os relatos, entre terça e quarta-feira, praticamente todos os pacientes na UTI tiveram seu caso agravado.
Para muitos, médicos e enfermeiros teriam explicado que a piora ocorreu justamente pelo contágio advindo da bactéria.
Jornal de Fato
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