Flagrado em conversas impróprias com advogados das empreiteiras
investigadas na Operação Lava-Jato, o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, tornouse alvo de um processo na Comissão de Ética Pública da
Presidência da República. Os integrantes do órgão deram dez dias para
que explique seus encontros fora da agenda com advogados de empreiteiros
presos no escândalo de corrupção na Petrobras.
Na edição passada, VEJA revelou que Ricardo Pessoa, dono da UTC,
preso em Curitiba, ouviu de seus advogados que partiu do ministro a
iniciativa de chamar os defensores para uma conversa reservada, ocasião
em que foram alertados de que havia uma reviravolta no processo. O
ministro também argumentou sobre a inadequação de levar em frente o
acordo de delação que Ricardo Pessoa negocia com a Justiça.
O empresário é guardião de segredos letais para muitos figurões do
governo. Dirigentes da empreiteira confirmaram que, apenas no ano
passado, Pessoa entregou 30 milhões de reais para as campanhas do PT e
da presidente Dilma Rousseff, dinheiro obtido por meio de propinas de
contratos superfaturados da Petrobras.
Oh PT para ter pilantra.
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