Do Jornal de Hoje – O senador José
Agripino Maia (DEM) volta ao noticiário político de maneira negativa.
Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir inquérito para
investigar crime de corrupção passiva contra o senador potiguar, por
suposta participação no esquema de da Operação Sinal Fechado, em que é
acusado de receber R$ 1 milhão em propina, Agripino agora é apontado
pelo ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM) de ter se beneficiado
financeiramente do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Ao escrever um artigo em que o alvo é o
senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, Demóstenes acusa
Agripino e outros integrantes de sua chapa em 2010 no Rio Grande do
Norte de terem se beneficiado de um “esquema goiano”, com intermediação
de Caiado. “Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a
Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o
benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus
companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo ‘esquema goiano’,
com intermediação de Ronaldo Caiado”, afirmou Demóstenes.
O “esquema goiano”, segundo o
ex-democrata, tem relação com o jogo do bicho, no qual o bicheiro
Carlinhos Cachoeira prepondera. “Eurípedes Barsanulfo era prócer das
máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu
para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de
Eurípedes no jogo ilícito. Simplesmente, disse a ele, como era verdade,
que desconhecia a prática de ilicitudes por parte de Cachoeira”, conta
Demóstenes no artigo.
Ainda em seu artigo, o ex-senador volta a
citar Agripino, destacando que o potiguar é “dependente financeiro” do
governador Marconi Perillo (PSDB). “Ronaldo Caiado, no afã de ser
candidato a senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves
e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles
compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de
desavenças com o carcamano”, contou Demóstenes.
Segundo Demóstenes, as digitais da contravenção seriam facilmente
identificadas com uma investigação nas contas de material gráfico,
transporte aéreo e gastos com pessoal. As afirmações estão contidas em
artigo publicado na edição desta terça-feira (31) do jornal Diário da
Manhã, de Goiânia.
Agripino Maia.
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