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* Era 'impossível' identificar corrupção na Petrobras, diz Gabrielli na CPI.

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou nesta quinta-feira (12), em depoimento à CPI da Câmara dos Deputados que investiga a estatal, que era “impossível” detectar atos de corrupção dentro da empresa.

Segundo ele, as negociações de propina eram feitas por “um ou outro” funcionário com representantes de construtoras, e não tinham relação com os “processos internos” da Petrobras. 

“É impossível se identificar esse tipo de comportamento internamente. Isso é um caso de polícia e, como tal, vai ser descoberto por investigação policial que vem de outras fontes, como é o caso da Operação Lava Jato, que começa por investigações sobre utilização de dinheiro ilícito. Portanto, é impossível se pensar que era possível identificar na Petrobras, no funcionamento normal da empresa, esse tipo de comportamento”, afirmou.

Gabrielli presidiu a Petrobras entre 2005 e 2010, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com delatores, o esquema de pagamento de propina por empresas que mantinham contratos com a estatal operou principalmente entre 2003 e 2012.

Durante o depoimento, Gabrielli negou que exista “corrupção sistêmica na Petrobras”, como defendido por delatores do esquema.

“Isso não significa que não há corrupção na Petrobras. Mas a corrupção na Petrobras é individualizada. Não concordo com a ideia de tentar vincular a corrupção de alguns com uma corrupção geral da Petrobras”, disse.
O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, durante depoimento à CPI da Petrobras na Câmara (Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)
Esse é uma mala.
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