O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou
em sua delação premiada que haviam regalias para os presos na carceragem
da Polícia Federal de Curitiba. Paulo Roberto afirmou ter usado
telefone celular duas vezes enquanto estava preso e que o doleiro
Alberto Youssef tinha dinheiro em espécie dentro da cela, tendo pago por
comida. Em uma das oportunidades, houve entrega de costela.
As declarações de Paulo Roberto estão no termo de colaboração 78, que
trata de “irregularidades na custódia da Polícia Federal em Curitiba”.
No resumo deste depoimento feito pela Procuradoria-Geral da República,
estão registradas as regalias.
“Paulo Roberto Costa falou que viu um telefone celular na cela 3 da
carceragem, ocupada por Youssef e então por Carlos Costa (réu da
Lava-Jato). Ouviu de Youssef que este teria providenciado o ingresso do
aparelho na carceragem. Paulo Roberto Costa usou o telefone duas vezes,
para falar com a família. A pessoa que mais usou o telefone foi Raul
(Srour, também réu da Lava-Jato)”, está registrado no resumo.
Segundo o relato do ex-diretor, o telefone não ficava na cela de
Youssef. Era entregue ao doleiro e depois recolhido. Paulo Roberto diz
não saber quem levava e trazia o aparelho.
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