“Os americanos lutaram para dar a volta por cima após tempos econômicos duros”, diz Hillary Clinton, 67, no vídeo em que lança sua campanha a presidente dos EUA, no ano que vem. “Mas as cartas ainda estão marcadas” para os mais ricos, acrescenta, dizendo que será uma “defensora” do americano comum.

Além de citar a desigualdade de oportunidades e a recuperação econômica, a candidata democrata, ex-primeira-dama, ex-senadora e ex-secretária de Estado, fala de “grandes esperanças”, mas só aparece depois da metade da propaganda.

Quem domina a cena é a nova demografia americana, “gente comum”, imigrantes que estão abrindo seu primeiro negócio falando em espanhol, uma asiática-americana procurando o primeiro emprego depois de se formar, dois casais gays e jovens mães voltando ao mercado de trabalho.

O anúncio, mais que esperado e adiado, limitou-se à divulgação do vídeo nas redes sociais. Não fez um comício, não deu entrevistas, como todos os pré-candidatos republicanos estão fazendo. Para diversos analistas políticos, isso revela uma das dúvidas sobre a campanha da favorita nas pesquisas: por quanto tempo ela ficará blindada, evitando perguntas duras?

Se eleita, Hillary chegará à Presidência em janeiro de 2017 aos 69 anos. Será a primeira mulher a presidir a maior potência do mundo e a segunda com mais idade no cargo (oito meses a menos que Ronald Reagan tinha ao chegar à Casa Branca, em 1980, aos 70).

É a segunda vez que ela tenta comandar a Casa Branca, depois de ser derrotada em 2008 por um senador novato e em primeiro mandato, Barack Obama.
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Hillary vai as urnas.