O NOVO JORNAL teve acesso à cópia do estatuto do
Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa surgida no
Estado de São Paulo, mas que conta com ramificações no Rio Grande do
Norte. O documento descoberto ontem durante uma revista feita no
Pavilhão 2 do Presídio Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, traz
diversas regras de comportamento e de atuação para quem está filiado ao
grupo.
O código é composto por 18 artigos e dividido em duas partes:
princípios de convivência e punições. O documento encontrado no presídio
potiguar tem o mesmo conteúdo do estatuto redigido nas prisões de São
Paulo, cuja versão foi criada em 2001. O texto local é lavrado à mão,
com caneta esferográfica, e tem data de 09 de setembro de 2013.
A ação da PCC é responsável por desencadear uma série de rebeliões
nos presídios potiguares em março passado. Os comandos eram enviados de
Alcaçuz para todas as unidades prisionais do Rio Grande do Norte.
Através de telefones celulares, os detentos ordenavam motins e ataques,
como os que acabaram por incendiar ônibus em Natal e Parnamirim.
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