Um terremoto de 7,8 graus de magnitude
deixou pelo menos 1.457 mortos no Nepal, e obrigou o país a declarar
estado de emergência na manhã deste sábado. O abalo sísmico derrubou
prédios e construções históricas como a torre Dharahara na capital
nepalesa e foi sentido em países vizinhos, causando mortes também em
Índia, Tibete e Bangladesh. Horas após os tremores, o país começou a
receber ajuda internacional enviada pela Índia.
O terremoto foi o mais violento a
atingir o Nepal em 81 anos, e teve uma profundidade de apenas 2
quilômetros. Terremotos de pouca profundidade são, geralmente, mais
perigosos, uma vez que a quantidade de energia liberada se concentra em
uma área menor. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores em todo o mundo, o
número de vítimas deve passar de mil. O USGS também registrou 17
tremores após o grande terremoto, com intensidades entre 4,2 e 5,5 graus
de magnitude.
Foram registradas mortes em todas as
regiões, exceto no Extremo Oeste do país. Todos os nossos agentes de
segurança foram mobilizados para resgatar pessoas em necessidade —
afirmou o subinspetor geral de polícia, Kamal Singh Bam.
Segundo meios de comunicação locais, o
terremoto durou entre 30 segundos e dois minutos, mas foi seguido de
dezenas de réplicas. Construída em 1832, a Torre Dharahara era um ponto
turístico que esteve aberto ao público nos últimos dez anos. Dos 14
andares da estrutura, apenas a base, de cerca de 10 metros de altura,
restou. Vários dos antigos templos hindus da capital nepalesa foram
reduzidos a escombros após o tremor.
É difícil precisar a extensão dos danos
causados pelo terremoto. Uma análise completa ainda é impossível, mas
esse foi um terremoto particularmente intenso, e de pouca profundidade,
então a expectativa é de que os danos sejam extensos, especialmente em
Lamjung, no distrito de Gorkha, epicentro do tremor — afirmou a
coordenadora das Nações Unidas para o Nepal, Jamie McGoldrick. — Não há
dúvidas de que foi um terremoto enorme, mas se ele tivesse acontecido
mais perto de Katmandu, o resultado teria sido catastrófico
Tragédias mundial.
O Globo
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