A missão de um sindicato é lutar por benefícios para os
trabalhadores. Certo? Mas em vários lugares do país, não é isso o que
vem acontecendo. Esses sindicatos são controlados por dirigentes
corruptos, e no fim, o dinheiro sai do bolso do trabalhador e vai direto
para o bolso deles.
Rio de Janeiro. Sindicato dos Comerciários, mas pode chamar de casa
dos Mata Roma. Este é o sobrenome da família que mandava por lá havia
quase 50 anos. Mandava e desmandava. “Não era funcionário, não era
presidente, não era vice-presidente ou diretor. Eles eram o dono do
sindicato”, conta um funcionário.
Segundo denúncia do Fantástico (CLIQUE AQUI e
confira a reportagem completa), Luizant Mata Roma chegou ao sindicato
como interventor, nomeado pela Ditadura Militar, em 1966. E não saiu
mais. Foi presidente durante 40 anos. Só deixou o cargo quando morreu em
2006. Quem assumiu? O filho dele, Otton da Costa Mata Roma. A lista dos
Mata Roma empregados no sindicato tem 15 parentes.
“A maioria dos parentes não trabalhava. Eles eram lotados todos nesse
gabinete aqui. Mas você não os via no sindicato. Só os via em final do
mês, época de pagamento”, revela o interventor José Carlos Nunes.
Carolinsk Mata Roma, a atual mulher do presidente, era a assessora
especial da Presidência. O salário era de quase R$ 22 mil. O filho de
Otton, Aran Mata Roma, também quase R$ 22 mil.
Uma auditoria contratada pela Justiça investigou a contabilidade
entre os anos de 2009 e 2014 e descobriu um rombo de R$ 100 milhões. O
valor reúne as diferenças encontradas nas contas do sindicato, despesas
suspeitas com advogados, dívidas em impostos, juros e multas e outros
gastos.
Sindicatos metendo a mão.
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